Foto: Sistema Caicó |
Sant’Ana é padroeira de Caicó, estando seu status associado à fundação da cidade. A construção da primitiva capela, em 1695, e a história de alguns milagres creditados a santa motivou a relação de devoção que o povo de Caicó e de toda região do Seridó nutre por Sant’Ana.
Diz à tradição que a capela foi erguida por um vaqueiro que, ao adentrar numa densa mata sagrada, morada de um deus indígena, se viu repentinamente atacado por um touro bravo. Diante do perigo, o vaqueiro fez a promessa de erguer uma igreja a Sant’Ana se ela o livrasse do animal.
Acredita-se, também, que a santa interveio para que o poço de água no leito do rio Seridó, única fonte de água disponível na área, não secasse durante a seca que acometeu a região durante os trabalhos de edificação da primitiva capela, viabilizando sua construção e o próprio desenvolvimento da vida no local. Por este milagre, foi denominado de Poço de Sant’Ana, o qual, segundo a crença popular, nunca mais secou, mesmo quando havia longas estiagens.
Os dias da Festa de Sant’Ana de Caicó incorporam ainda múltiplas manifestações culturais que contribuem para a construção das identidades e para a expressão cultural como os ofícios e modos de produção tradicionais das “comidas” e artesanato do Seridó, os diversos lugares significativos para a história e a identidade da região em geral e da cidade de Caicó em particular, como o Poço de Sant’Ana, e as músicas, Hinos, poemas, o “beija” e demais formas de expressão do sertão do Rio Grande do Norte.
Referência de Texto: Site fundaj.gov.br